
Convidada para participar da audiência, a professora Isabel Gravato, da Faculdade Anhanguera, fez um alerta ao refletir sobre o Bioma Pampa. “48,70% dessa área já foi modificada", afirmou. Durante sua explanação, ela explicou que a “conservação efetiva da biodiversidade urbana requer estratégias específicas de planejamento, complementares ao cumprimento de diretrizes ambientais legais.”
Já Carmen Regina Nogueira, da Universidade Federal de Pelotas, fez um resgate dos debates sobre o tema do Bioma Pampa. “A universidade tem papel importante na sociedade para refletirmos sobre o assunto. E a Assembleia tem sido parceira nesse tema”, ressaltou.
Lélio Falcão, representante da entidade requerente da audiência, também destacou o “dialogo constante” da Assembleia Legislativa junto com as universidades para refletir sobre o Bioma Pampa. “Com apoio do Parlamento e das entidades engajadas nesse debates, iremos estar levando o que foi acumulado aqui para a Rio+20”, frisou.
Representando o governo municipal, o vice-prefeito de Pelotas, Fabrício Tavares, saudou a vinda da Comissão do Mercosul à cidade, e também falou da preocupação do município com os aspectos ambientais. “Nossa cidade se insere no bioma pampa e tem tido uma preocupação muito grande com o meio ambiente. Criamos uma secretaria para cuidar dos temas ecológicos", declarou.
O professor Marcelo Dutra da Silva, da Fundação Universitária de Rio Grande, alertou que apenas 1,5% do Bioma Pampa está em área protegidas. “O pampa tem sério risco de extinção. Sustentabilidade é uma visão nova. Agora que o mundo se alertou que o que for usado e explorado poderá faltar no futuro. Quando se fala em meio ambiente e sustentabilidade é preciso buscar uma visão de sistema, que permita relacionar estruturas e processos”, ponderou.
Ao finalizar a coordenação da audiência, Mano Changes reafirmou seu compromisso de levar adiante os apontamentos colhidos no encontro. O deputado agradeceu ao Executivo municipal a recepção e exaltou a importância de uma consciência ambiental coletiva. “Somos uma sociedade de consumo. Fomos acostumamos a comprar bugigangas para gerar renda e desenvolvimento, mas não levamos em conta a que preço tem sido feito isso. Acredito que a discussão destes temas é fundamental. Longa vida a consciência ambiental”, disse Mano, encerrando o debate.
Participaram do encontro integrantes da Associação Rural de Pelotas, Senac-Pelotas, Instituto Charles Darwin, e Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente – Fepam.
Texto: Josias Bervanger (Mtb/14235) – Agência ALRS
Ediçaõ: Gabriela Brands (Mtb/15590)
Foto: Marcelo Bertani/ Agência ALRS
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