“O objetivo não é me aproveitar do que está acontecendo, pelo contrário, permanecerei na Assembleia Legislativa para me colocar à disposição de quem quiser dialogar com o Legislativo”. A manifestação foi feita na tarde desta quinta-feira pelo deputado Mano Changes logo após ser informado de que a Presidência da Casa havia determinado o fechamento preventivo do Parlamento a partir das 16h a fim de evitar o contato com os manifestantes.
Durante a sessão, o parlamentar usou a Tribuna para dizer que é solidário ao movimento, entende as razões da insatisfação dos jovens com a política e a administração pública em geral, e conclamou os deputados a assinarem um manifesto demonstrando apoio aos manifestantes. “Neste momento em que a sociedade brasileira clama por mudanças e demonstra sua insatisfação, o movimento que iniciou há cerca de 90 dias com a organização de grupos contra o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre, agora ganha força para sacudir o Brasil pedindo que façamos uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo nas nossas vidas e no cotidiano da população”, destacou.
Mano disse também que repudiava o uso da força policial contra manifestações pacíficas. “O objetivo desta garotada que está nas ruas e praças é dizer com todas as letras que está insatisfeita com o preço da passagem de ônibus, contra a corrupção, que clama por recursos para Educação de qualidade e, especialmente, mostra-se preocupada com o futuro. Usar balas de borracha, cães, cavalos e bombas de efeito moral não é a melhor forma de enfrentar manifestações legítimas e que nasceram da vontade da gurizada em soltar o grito preso na garganta”, enfatizou.
O deputado encerrou seu pronunciamento lembrando que aqueles que dizem que o movimento não tem causas definidas estão equivocados. “A insatisfação é o mote principal, mas pra deixar claro vou listar as cinco principais reivindicações: 1. Não à PEC 37; 2. Saída imediata de Renan Calheiros da Presidência do Congresso; 3. Investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa pela Polícia Federal e Ministério Público; 4. Uma lei que torne corrupção crime hediondo; 5. Fim do foro privilegiado, pois é um ultraje ao artigo 5º da Constituição. Eu ainda sugeriria que se incluísse a luta pela internet banda larga pública nestas causas”, definiu Mano.
Gabinete Mano Changes
Assessoria de Comunicação
Data: 20.06.2013
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