Vocalista da Comunidade Nin Jitsu, Mano usou de bom humor, rap e descontração para falar de um assunto sério: o crack. No final do encontro, fez música com as poesias produzidas pelos estudantes. “O público alvo da droga é quem estiver interessado em experimentá-la, independentemente da idade. O crack está há 20 anos matando jovens no Brasil, mas antes não havia chegado à classe média, somente à favela. Então, era tratado como uma droga de pobre. Hoje é uma epidemia social”, enfatizou.
O músico também alertou para os riscos das drogas leves e que são aceitas pela sociedade. “O cigarro e o álcool são a porta de entrada muitas vezes. Porém, boca de cinzeiro e bafo de cachaça não estão com nada. É preciso ter conteúdo para tudo, até mesmo para conquistar uma garota”, destacou arrancando risos da garotada.
Números
O crack vicia em 80% dos casos na primeira vez em que é usado e em 100% dos casos na terceira vez. “O trânsito mata três jovens por dia no Rio Grande do Sul. Mas a violência causada pelo tráfico de drogas, em especial o crack, já é responsável por seis óbitos diários”, diz Mano.
O deputado faz palestras alertando para os perigos do uso do crack para adolescentes e jovens há cinco anos. Neste período, foram mais de 300 encontros em todas as regiões do Estado, onde conversou com cerca de 100 mil adolescentes.
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