Mano
Changes*
A onda de
protestos que surpreende parte do Brasil desconectado com a voz das ruas prevê
mais de 70 atos marcados para esta semana. Nesta segunda-feira branca em pelo
menos 13 cidades irão acontecer mobilizações. Com a solidariedade dos
brasileiros espalhados pelo mundo, uma galera usou a Internet como ferramenta
contra o marasmo e resolveu sair da zona de conforto, mostrando que os jovens
ainda são um sopro de ar fresco em uma sociedade cada vez mais acomodada,
pasteurizada e politicamente correta.
Os governos, independentemente de partidos, preferiram em um primeiro momento ver os jovens como simples baderneiros ou desocupados, quando o correto seria fazer a mea-culpa e ouvir o grito que vinha de longe dos carpetes vermelhos e dos gabinetes climatizados. A garotada não está na rua por dinheiro – mas para dizer com todas as letras que está insatisfeita com o preço da passagem de ônibus, com a corrupção, com a falta de recursos para Educação de qualidade e, principalmente, com o futuro que se mostra sombrio ali à frente.
Surpreendentemente, aqueles que pediam que os jovens ocupassem seu lugar na sociedade agora se arrepiam com as mobilizações e a força dos protestos, quando deveriam se chocar com a truculência da polícia e dos governos diante de quem tem o direito de dizer não ao estado de coisas que acontecem diariamente em nosso País sem que nada de novo pareça ser capaz de alterar o curso dos acontecimentos.
Contra balas de borracha, cães e cavalos, bombas de efeito moral e barricadas, os jovens têm feito o que nosso hino pede a cada um de nós nesta hora: “verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora à própria morte, ó Pátria Amada...”
Os governos, independentemente de partidos, preferiram em um primeiro momento ver os jovens como simples baderneiros ou desocupados, quando o correto seria fazer a mea-culpa e ouvir o grito que vinha de longe dos carpetes vermelhos e dos gabinetes climatizados. A garotada não está na rua por dinheiro – mas para dizer com todas as letras que está insatisfeita com o preço da passagem de ônibus, com a corrupção, com a falta de recursos para Educação de qualidade e, principalmente, com o futuro que se mostra sombrio ali à frente.
Surpreendentemente, aqueles que pediam que os jovens ocupassem seu lugar na sociedade agora se arrepiam com as mobilizações e a força dos protestos, quando deveriam se chocar com a truculência da polícia e dos governos diante de quem tem o direito de dizer não ao estado de coisas que acontecem diariamente em nosso País sem que nada de novo pareça ser capaz de alterar o curso dos acontecimentos.
Contra balas de borracha, cães e cavalos, bombas de efeito moral e barricadas, os jovens têm feito o que nosso hino pede a cada um de nós nesta hora: “verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora à própria morte, ó Pátria Amada...”
Isso ganha
uma dimensão ainda maior se pensarmos que não temos, nas escolas, qualquer
resquício de democracia no currículo escolar. Portanto, essas manifestações são
legítimas e nasceram da vontade da gurizada em soltar o grito preso na
garganta.
Quem preferir fazer ouvidos moucos ou fingir-se de surdo, mais uma vez vai perder o trem da História. E essa locomotiva vem sendo puxada por quem pode e tem a capacidade de catalisar essa voz rouca das ruas: a juventude.
Quem preferir fazer ouvidos moucos ou fingir-se de surdo, mais uma vez vai perder o trem da História. E essa locomotiva vem sendo puxada por quem pode e tem a capacidade de catalisar essa voz rouca das ruas: a juventude.
* Músico e deputado estadual
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